Edifício Multiuso Grotinho
JUN 2008 – NOV 2012
PRÊMIOS
Prêmio W Award - Destaque na Categoria Espaços Públicos - 2014
Selecionado para 12ª Bienal de Veneza, 2010
Selecionado para 4ª Bienal de Roterdã, 2009

Situação Anterior - Foto: Daniel Ducci

Foto: Fábio Knoll

Esquema de Concepção


Esquema do Edifício

Esquema do Edifício

Esquema do Edifício

Esquema do Edifício





Planta do Térreo / Elevação Frontal

Pavimento Superior / Corte Longitudinal

Cobertura / Cortes Transversais / Elevações Laterais



Unidades Habitacionais

A Favela Paraisópolis, localizada na zona sul da cidade de São Paulo, apresenta vários trechos com problemas vinculados à estabilidade do solo, drenagem, circulação de veículos e pedestres, dentre outros relativos à questão habitacional. Particularmente o trecho conhecido como “Grotinho”, apresentava uma situação de assentamento com risco de morte e perda material para as famílias moradoras da área.
No Grotinho, as primeiras medidas implementadas no âmbito do programa de urbanização se referem à supressão do risco geotécnico, à implantação dos itens de infra-estrutura e de área de lazer. Posteriormente, em uma segunda etapa, foi proposto o edifício de caráter multifuncional que consolida a intervenção integral nesse trecho da favela.
O resgate do caráter público dos espaços de convívio norteou o desenvolvimento desse projeto como ação desafiadora. A implantação desses espaços na cota inferior da grota proporciona a integração direta com os espaços livres promovendo a articulação entre os novos equipamentos e o remanescente da favela.
A organização do edifício em níveis e volumes distintos faz uma clara referência à morfologia verificada nas construções existentes e sua maneira de acomodação ao relevo.
O edifício pretende estabelecer novas possibilidades de uso e apropriação do espaço ao explorar as relações entre os âmbitos do público e do privado a partir da coexistência dos diversos usos (moradia, comércio e serviços) e sua composição considera o espaço livre como elemento articulador e de suporte para o desenvolvimento das atividades coletivas.
As atividades de interesse coletivo estão dispostas nos diversos níveis que compõem o pavimento térreo, sempre articulado ao espaço livre, e diretamente relacionadas com as áreas de lazer e recreação. As moradias, previstas nos pavimentos superiores, constituem a transição gradativa entre o espaço público e o privado.
Como alternativa para a gestão do espaço, as unidades habitacionais serão destinadas às famílias moradoras da favela e que possuíam pontos comerciais como fonte de geração de renda. Este modelo visa criar um condomínio onde a manutenção e a zeladoria ficarão sob responsabilidade dos próprios moradores, correspondendo à definição física do uso multifuncional.
FICHA TÉCNICA
Local
Paraisópolis, São Paulo
Ano
2008–2012
Área Construída
1.000 m2
Autor
Marcos Boldarini, Sergio Faraulo
Colaboradores
Melina Giannoni, Melissa Matsunaga, Simone Ikeda
Paisagismo
Suzel M. Maciel
Estrutura e Fundações
LTS Engenharia
Instalações Elétricas
Ensepro Engenharia
Instalações Hidráulicas
LCL Engenharia
Gerenciamento de Obras
Consórcio Domus
Gerenciamento Social
Diagonal Transformação de Territórios
Execução das Obras
Construções e Comércio Camargo Corrêa S.A e Carioca Christiani-Nielsen Engenharia
Modelo Eletrônico
3DM Maquetes Eletrônicas
Realização
PMSP – Secretaria Municipal de Habitação